quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Imagens sobre a Vida

Me vieram duas imagens de como imagino ser minha vida atual:

1) A clássica metáfora de Deus como oleiro e nós o barro.
Uma vez minha mãe me contou que no barro tem muitos pedregulhos, às vezes cacos de vidro, e que machucam a mão do oleiro, pois a máquina gira muito rápido e vc não vê o que tem no barro.
Imaginei que esses pequenos pedregulhos são as dificuldades pequenas que encontramos no nosso dia a dia, decisões simples de "perdoar ou não" "andar outra milha ou não" "ser generoso ou não"... Nós permitimos tirar os pedregulhos e cacos de vidro ou continuar machucando as mãos do Oleiro.
E tem pedras ENORMES, que estão encrustadas no barro, faz até um calombo enorme, como se fosse uma espinha prestes a estourar, hehe. Esses são os pecados e maus pensamentos que nos perseguem... Vc já tentou tirar uma pedra grande dessa de uma terra molhada? Não é fácil, é duro, e depois que vc tira, fica um buraco enorme. Pois bem, é assim que eu imagino que seja com o barro, e na nossa vida... Vc pode até conseguir tirar a pedra, que já vai ser a parte mais difícil. Mas vai ficar um buraco, uma marca, e até a máquina girar, girar, o barro ir entrando e ir fechando o buraco....leva um tempo. Leva trabalho do Oleiro. Paciência. E Deus ainda faz tudo com carinho, gentilmente. Ele não usa martelo pra tirar as pedras, usa as próprias mãos, mesmo que o machuque.
O barro vai secando à medida que gira e gira. É como na vida. Nós vamos secando se andamos na vida sem Deus (por falta de disciplina, "falta de tempo" e de disponibilidade, falta de amor, work/study-aholic, depressão, orgulho, falta de temor), até que quando acaba toda a água e o barro seca, se der mais uma mexidinha, ele quebra, vira vários pedacinhos. Colapso mental, crises existenciais, doenças psicosomáticas. Por isso que para moldar o barro precisa que o Oleiro pegue água nas mãos, e jogando mais água no barro e moldando....diariamente nos moldando....transformando.... A água é o Espírito Santo. É através dele que Deus consegue nos acessar de dentro, e nos transformar.

2) Um jardim.
Eu gosto de jardim com espécies silvestres. São plantinhas delicadas e lindas. Singulares à sua maneira tímida. Esses são os nossos frutos e a partes boas da nossa personalidade. Mas... em volta dessas plantinhas todas tem um monte de capim alto, sem capinar. Não dá pra passear num jardim desses, fica roçando nas pernas, coça, e o capim bem selvagem corta a pele. Mas Jesus anda pelo jardim e arranca capim por capim. As plantinhas bonitinhas até estão ali, e Ele aprecia, porque ele tem a visão todo, de quão bonito aquele jardim ele fez pra ser e pode ficar, e é, em partes. Por isso que com cuidado, ele arranca o capim à medida que deixamos. Às vezes não damos liberdade e autoridade toda a ele, na entrega dos detalhes e atitudes do nosso dia a dia, ele só corta o capim, mas o mesmo volta a nascer. Quando entregamos mesmo nossa vida, quando ela não é mais nossa, quando nosso corpo é de Cristo e não é mais nosso... ele pode arrancar da raiz. Ele queima, celebra e dança! Depois ele senta, e aprecia o jardim, as florzinhas.
As árvores grandes são nossos valores. Eles são plantados quando somos crianças, e por isso que quando adultos, já são grandes. E mesmo adultos, como somos pecadores e teimosos, às vezes cortamos nossas próprias árvores. É uma tristeza geral, faz muita diferença no jardim, e um deslize desses devasta o Jardineiro. Do toco da árvore pode sair um galhinho novamente e se tornar uma árvore novamente. Mas só se pararmos de segurar os braços de Jesus, que toda hora quer novamente a árvore, ficar na frente dele, enrolando com nossas conversas cheia de desculpas.

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